Ontem estava sensível como bicho antes da tempestade
- tenho esta estranha sensibilidade elétrica -
Hoje um pequeno terremoto na cidade do México
E me sinto calma e plena...como se uma energia tivesse se realizado
...em mim ou no mundo?
o paradoxo do ser sem bordas...
(ou da água-vinho&taça que transborda...)
Hoje o eco de uma flor antiga me atravessou.
Era só teatro
E me sinto calma e plena...
como um pobre criador de mundo
que se decide por um novo hedonismo - ou a vida em forma de arte.
A Sandra Lessa um dia me pediu um dia poema do eclipse
que é coisa escura
como unha de moça
E desejo antigo
A Sandra me pediu do eclipse, e eu sou terrível e faço terremoto...
são todos mistérios
em arcanos dourados e atávicos
E a loucura do algodão diante do fogo.
Uma semente plantada em tempo maia
esquecida pelo tempo
E livre como artista
decidiu, sem mais nem porque,
desabrochar.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
quarta-feira, 6 de março de 2013
Pedagogia
Um fluxo errante
( que também era
profundo e original)
Se espantou ao ver seu
reflexo instável nas águas de um outro monte.
Ele que acreditava ser de
um homem só
ofereceu-se como amante
em jantar de multidão...
ofereceu-se como
piscadela de um olho...
ofereceu-se como salto
de trapezista e riso de bebê...
Era fluxo fêmea (oferecer-se
era imperioso...)
e paradoxo fecundava
bizarrices.
Sabia ser pesca para
raros...
Ao se reconhecer,
primeiro se indignou,
Buscou direitos de
fluxo.
Não havia leis (para o
assunto, era um mundo novo como aquele que sonhava.)
O monte era pequeno. E
nem se sabia inteiramente poroso.
Mas tinha vulcão e suas
larvas que viajavam longe.
E o fluxo... riu? (Ou
estremeceu lembrando algo como...)
Era só passagem, era
nada, era...fluxo?
Era tolo!
E ainda assim capaz de,
atravessado por raio efêmero,
Iluminar.
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