Um fluxo errante
( que também era
profundo e original)
Se espantou ao ver seu
reflexo instável nas águas de um outro monte.
Ele que acreditava ser de
um homem só
ofereceu-se como amante
em jantar de multidão...
ofereceu-se como
piscadela de um olho...
ofereceu-se como salto
de trapezista e riso de bebê...
Era fluxo fêmea (oferecer-se
era imperioso...)
e paradoxo fecundava
bizarrices.
Sabia ser pesca para
raros...
Ao se reconhecer,
primeiro se indignou,
Buscou direitos de
fluxo.
Não havia leis (para o
assunto, era um mundo novo como aquele que sonhava.)
O monte era pequeno. E
nem se sabia inteiramente poroso.
Mas tinha vulcão e suas
larvas que viajavam longe.
E o fluxo... riu? (Ou
estremeceu lembrando algo como...)
Era só passagem, era
nada, era...fluxo?
Era tolo!
E ainda assim capaz de,
atravessado por raio efêmero,
Iluminar.