quarta-feira, 6 de março de 2013

Pedagogia


Um fluxo errante

( que também era profundo e original)

Se espantou ao ver seu reflexo instável nas águas de um outro monte.

Ele que acreditava ser de um homem só

ofereceu-se como amante em jantar de multidão...

ofereceu-se como piscadela de um olho...

ofereceu-se como salto de trapezista e riso de bebê...

Era fluxo fêmea (oferecer-se era imperioso...)

e paradoxo fecundava bizarrices.

Sabia ser pesca para raros...

Ao se reconhecer, primeiro se indignou,

Buscou direitos de fluxo.

Não havia leis (para o assunto, era um mundo novo como aquele que sonhava.)

O monte era pequeno. E nem se sabia inteiramente poroso.

Mas tinha vulcão e suas larvas que viajavam longe.

E o fluxo... riu? (Ou estremeceu lembrando algo como...)

Era só passagem, era nada, era...fluxo?

Era tolo!

E ainda assim capaz de, atravessado por raio efêmero,

Iluminar.