terça-feira, 14 de outubro de 2014

Vida na arte

Os braços de uma atriz são para alcançar o inalcançável. O presente-arte a uma polegada do tempo de sonhos-visões & profecias, dos lamentos dos deuses, dos saltos de não nascidos, do gozo & da pétala no chão . Do paradoxo & da poesia. ( Sim, Michelangelo, a arte talvez resida mesmo no espaço entre as mãos do artista e o toque do deus !).
Flexibilidade & jogo para se manter gracioso resistindo à gravidade de tanta banalidade. Sim, cara pálida – vivemos na arte apesar dos teus ridículos poderes, da tua grana-mídia e de tua indiferença! Sim, cara pálida, fazemos o impossível para te lembrar que estamos todos sonhando!


quinta-feira, 1 de maio de 2014

La Paz - ou a altitude e seu êxtase

Meu corpo-terra é pico nevado e flor, pedra, água e imensidão
É curva e silêncio
O vento e a música de outro tempo
A altitude e seu êxtase
Silêncio

Para se viver nas alturas há de se conhecer o abandono, a entrega, a vertigem e todos os seus prazeres
...
Só uma montanha sabe apreciar as cavernas de outra montanha
Porque só uma montanha conhece o paradoxo-mistério de ter cavernas escuras
 E ser tão mais próxima da luz do sol

sábado, 29 de março de 2014

Gênesis

Me fiz sede e fui atravessado. Abri mão de toda imagem e fui mãe primordial e pulsão. E quando eu disse “eu”, era só pouso no fundo das coisas...
...era só pouso no fundo das coisas...e criativa ponte.
Um pintor sempre pinta a si mesmo – paradoxo do artista-fusão e mistério-de-médium... e seu mutante ser-sonho&deus que cria...pelo prazer de habitar um mundo fruto e obra – e não aquele que já existe (e feito pelo ...outro?)
É o homem que cria d´eus para viver dentro do personagem e então e só então...recriá-lo!