Você me diz que sou flor
E acha que me apanha para o enfeite de seu ordenado jardim
E eu me calo, menino, no meu abismo
De flores selvagens
Das grandes e soberanas flores na mata
Das flores escuras.
E meus olhos e meus lábios e minha pele te dizem sim
E pela verdade, nada mais podem dizer
no abismo-palavra de nossos corações.
É que o labirinto-mistério desse coração fêmea
está longe, mas tão longe de ser a flor conhecida que seus olhos podem ver.
E meus olhos e meus lábios e minha pele te dizem sempre sim
Por razões, meu menino, completamente diversas às que pressupõe
Seu olhar reto e sua juba de rei
É que seu dourado brilha
Como seu dourado brilha...
Um coração de leoa estremece sem porquês.
Viv, seus poemas são incríveis. E esse reflete exatamente meu momento.
ResponderExcluirBeijão, axé, saudade...
Carol Spinelli