quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Você me diz que sou flor
E acha que me apanha para o enfeite de seu ordenado jardim
E eu me calo, menino, no meu abismo
De flores selvagens
Das grandes e soberanas flores na mata
Das flores escuras.

E meus olhos e meus lábios e minha pele te dizem  sim
E pela verdade, nada mais podem dizer
no abismo-palavra de nossos corações.
É que o labirinto-mistério desse coração fêmea
está longe, mas tão longe de ser  a flor conhecida que seus olhos podem ver.

E meus olhos e meus lábios e minha pele te dizem sempre sim
Por razões, meu menino, completamente diversas às que pressupõe
Seu olhar reto e sua juba de rei
É que seu dourado brilha
Como seu dourado brilha...

Um coração de leoa estremece sem porquês. 

Um comentário:

  1. Viv, seus poemas são incríveis. E esse reflete exatamente meu momento.

    Beijão, axé, saudade...
    Carol Spinelli

    ResponderExcluir