quarta-feira, 24 de abril de 2019

BLASFÊMIA
Tire o seu silêncio do caminho, que eu quero passar com minha flor!
Somos a experiência das palavras que ousamos
Diálogos complexos, operações criativas entre várias matrizes de sentidos, rios caudalosos que abrem espaço ou água fresca para instigar novos fluxos
Há silêncios barulhentos e impositivos-incapacidade disfarçada de virtude, bloqueios anti-poéticos, sentenças de morte.
A palavra-corpo permite imanência (a escolha do prazer!)
O olhar sobre si mesmo só pode ser exercido por alguma linguagem que crie pontes ou... o peixe se perde na névoa!
A voz interior, se honesta, é simples e realiza o destino-de-voz: falar! O resto... talvez impotência (& prosa)
(Se o silêncio interior quer consciência, a consciência só é consciência ao entrelaçar pedaços de mundos - & todos os riscos - e dize-lo: uma interioridade viva, fala! A falta de interioridade...nada tem a dizer. Cala. E rompe laços – aquilo que acrescenta novas enzimas aos bons caldos).
E sim, falam-se palavras, ainda que doidas. Melhores se poéticas - as únicas palavras de fato originais e criadoras. Um caminho perigoso sim... (Não à transcendência!) Para que um dia sejamos belezas?
Palavra-mistério.
Falar como exercício de ser é se parir num mundo estético!

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