sábado, 27 de junho de 2015

Invoco a palavra profeta
Que abre as portas de mundos criança
Chamo a palavra filha do raciocínio bastardo – a mãe do devir -
Que zombando de todo caminho
Dança elipses, cria frestas 
E penetra – o gozo dos pássaros!
Invoco a palavra magia,
Teia de cosmos absurdos,
Porque o dia nasceu e as tribos estão acordadas.
E como não sou só,
Lanço minha rede-palavra no mar
Para quem não tem mais tempo de temer a morte
E ouço cantos-asas
Barro & sopro de corpos mutantes & fortes
É meio dia e moramos nos trópicos!
E nossos tambores palavra mestiça
Roubam de embriões futuros
As sementes fogo que brotam em terra líquida
O mundo – ainda girando mais de 900 km por hora
E os abutres - ainda bicando nossos fígados
E ainda indiferença-penhascos!
Mas a palavra poesia de pés alados e ligeiros
Brasa do artista
Ainda chama
O impossível.
( trecho nova peça da Estelar de Teatro, já em processo)

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